quinta-feira, 23 de julho de 2009

Actuais parceiros


São nossos Parceiros:

i) a comunidade local, que é parte integrante na gestão e conservação dos recursos da biodiversidade;

ii) Instituições públicas:
- Ministério e Delegacia Regional de saúde pública. Realiza consultas ambulatórias e trabalha na melhoria da situação sanitária das comunidades locais
- Delegacias das Pescas, Alfandega, Capitania e Portos, Migração e Administração local. Participa nas missões conjuntas de fiscalização
- Reserva de Biosfera do Arquipelago de Bolama Bijagós. Apoia a coordenação e gestão das AMP’s-Insulares (fiscalização participativa, S&A, coordenação, etc.)

iii) ONG’s nacionais
- Swissaid. Apoia a implementação da loja comunitária e de um projecto observatório.
- ADIM: Apoia as mulheres na horticultora, na criação e gestão de unidades de saúde de base e alfabetização das mulheres de Eticoga (Orango Grande).

iv) ONG´s e Organismos internacionais:
- “Tarrafe environement”. Pretende contribuir para a protecção e conservação dos mangais na RBABB e em especial no PNO. Apoia a seguinte acção:
a) Estudos sobre aInventariação da biodiversidade dos mangais e das vasas adjacentes e o modo de exploração das conchas pelas populações do PNO.
- CBD-Habitat: Pretende desenvolver actividades ecoturísticas no PNO que contribuam para a conservação da biodiversidade e favoreçam um desenvolvimento sustentável em benefício das comunidades residentes do parque. Apoia as seguintes acções:
a) Recrutamento de pessoal técnico e auxiliar local;
b) Promoção do PNO no exterior;
c) Reabilitação e contratação de um enfermeiro para o centro de saúde de Eticoga (PNO);
d) Actividades de seguimento e de monitoria de espécies ameaçadas e emblemáticas;
e) Melhoria do sistema de mitigação e de prevenção contra danos dos hipopótamos nos arrozais;
f) Realização do curso de formação de guias de ecoturísmo e de línguas (inglês);
g) Fiscalização das àguas do parque
- Noé Conservation: Pretende contribuir para a conservação do peixe-serra e da biodiversidade marinha ameaçada
- ONCFS de França: Pretende definir um quadro geral de colaboração atraves das seguintes acções:
a) Formação de agentes de fiscalização, marinheiros e guardaparques em marinhagem;
b) Disponibilizando conselhos na escolha de meios náuticos e de navegação;
c) Apoio na elaboração e avaliação dos sistemas de fiscalização das AMP .
- MAVA/FIBA: Pretende garantir o seguimento ecológico das espécies, fiscalização das actividades económicas e apoiar o desenvolvimento sustentável das comunidades residentes. Apoia as seguintes acções:
a) Reforço das capacidades do parque no domínio de seguimento ecológico (Hipopotamos, T. marinhas, Papagaio cinzento, aves aquáticas, etc.),
b) Melhoria na operacionalidade e eficácia de fiscalização (aquisição de vedetas, combustível, formação do pessoal, reparação das infra-estruturas, etc);
c) Desenvolvimento comunitario (construção da casa de passagem em Anghõr, formação, visitas de intercâmbio, aquisição do Orango Parque Hotel, etc.).
- UICN/Palmeirinha: Criação da rede de professores para IEC, formação para a co-gestão dos recursos, etc.
- GPC/WI: elaboração e revisão dos Planos de Gestão das AP´s, conservação e gestão das IBAS (seguimento das aves aquáticas migradoras e residentes, papagaio cinzento, formação
- FIAL/PGBZGB: Actividades de desenvolvimento local, sobretudo acções viradas para a melhoria da situação social (Construção de escolas, poços melhorados, etc.)
- PAM: Pretende implementar programas de Cantinas escolares em Eticoga e Ambeduco (Orango Grande) e em Abu (Canogo). Apoia as seguintes acções:
a) melhorar as taxas de inscrição no Ensino básico;
b) reduzir as taxas de abandono escolar;
c) estabilizar a assistência diária;
d) melhorar o rendimento

Por Justino Biai - Encarregado de Programas do IBAP

quarta-feira, 22 de julho de 2009

Programa anual do PNO

A nossa equipa no decorrer do presente ano tem com principais actividades as que de seguida são apresentadas:

1 - Fiscalizar sistematicamente as zonas sensíveis no interior do parque
2 - Desmantelar os focos dos acampamentos esporádicos instalados nas praias de Imbone e Uite
3 - Continuar a negociação com os pescadores residentes
4 - Dinamizar as actividades de Comité de Co-gestão
5 - Programar as actividades de Educação e comunicação Ambiental
6 - Organizar saídas de campo escolar e aulas ao ar livre
7 - Seguimento do Papagaio cinzento
8 - Seguimento das aves aquáticas migradoras e residentes
9 - Contagem anual dos Hipopótamos
10 - Seguimento dos Hipopótamos em Ancaquia e An-ôr
11 - Seguimento da tartaruga de Ridley nas praias de An-õr Norte, An-ôr Sul, Ancopado e Imbone
12 - Construir o acampamento científico de Imbone e recolher os dados biometricos das raias e tubarões
13 - Seguir as tartarugas marinhas

14 - Registo da observação ocasional de mamíferos, repteis e anfíbios
15 - Participar no Fórum de PRCMOrganizar a visita do Sr. Luc Hoffman e Fundação CBD-Habitat
16 - Continuar o seguimento e avaliação participativa dos micro projectos em execução
17 - Fiscalizar as obras de reabilitação da sede do PNO e construção de armazém no porto de Eticoga
18 - Reabilitar o Centro de Saúde de Eticoga e instalar um Enfermeiro em Eticoga
19 - Controlar da caça
20 -
Limpar a rota ou rio Ancaroso
21 - Preparar e organizar reuniões de Comité FIAL do Parque (CFP) para aprovação dos micro projectos e Planos de Desenvolvimento Local
22 - Concluir o diagnostico participativo das tabancas de Orangozinho
23 - Organizar encontros de concertação no Uite e Sul de Orango Grande (Queimadas)
24 - Aprovisionar as Cantinas escolares com viveres do PAM
25 - Identificar os possíveis campos a vedar nas próximas campanha agrícola 2009-2010
26 - Preparar o micro projecto com vista a realização de visita de intercâmbio a Parque Nacional de Saloum
27 - Entabular esforços com as autoridades locais e administrativas para a aquisição da Casa de rádio de Orangozinho
28 - Balizar os sítios importantes e sensíveis no PNO
29 - Divulgar o Plano de Gestão do PNO em todas as tabancas
30 - Ceder as autoridades administrativas os instrumentos que regulam o funcionamento do PNO
31 - Identificar e eleger os Membros de Conselho de Gestão
32 - Organizar e realizar duas reuniões de Conselho de Gestão
33 - Enquadrar os estagiários tanto nacionais assim como os estrangeiros

Por Antonio Silva - Director do PNO

segunda-feira, 20 de julho de 2009

Valores ecologicos



O complexo de ilhas de Orango possui uma boa representatividade dos habitats presentes no Arquipélago, não estando apenas presente a floresta sub-húmida.Grande parte da área coberta por florestas de mangal no arquipélago está situada no grupo de ilhas de Orango. Algumas não se encontram exploradas e possuem uma importância capital ao nível da produtividade biológica, de reprodução de certas espécies de peixes, moluscos e crustáceos constituindo um refúgio e habitat para a fauna ali presente. É aqui que existe a maior diversidade faunística do arquipélago.

Estão presentes espécies raras como o hipopótamo Hippopotamus amphibius, o manatim Trichechus senegalensis , o crocodilo do Nilo Crocodylus niloticus, o crocodilo anão Osteolaemus tetraspis e 4 espécies de tartaruga marinha (Chelonia mydas, Lepidochelys olivacea, Eretmochelys imbricata, Dermochelys coriacea).

Este parque é a região do país mais importante para os crocodilos e hipopótamos. Constitui um meio chave juntamente com a Ilha de Poilão para as tartarugas marinhas que encontram ali o local mais importante de desova da costa ocidental africana. Se a Guiné-Bissau é considerada o principal santuário para o manatim africano, é também nesta AP que a espécie se encontra em maior número.É ainda um site de importância internacional para a migração de aves palearticas e para certas espécies afro-tropicais.

Existem também colónias de aves marinhas, sobretudo de gaivinas (particularmente Sterna caspia e Sterna maxima) que chegam a juntar milhares de ninhos e que são de importância internacional. Das aves terrestres, há a salientar a presença do papagaio-cinzento Psittacus erithacus, que é bastante raro a nível nacional. A lista de espécies de aves do PNO conta já com 189 espécies das quais 5 foram este ano ali registadas pela primeira vez.

Por Cristina Silva - Coordenadora para o Seguimento das Espécies do IBAP

quinta-feira, 16 de julho de 2009

A equipa do PNO


A pequena equipa do parque é composta por:

1) 1 Director
2) 7 Guardas da natureza
3) 2 Marinheiros
4) 1 Mulher de limpeza
5) 1 Guarda-nocturno

Competência do Director segundo lei-quadro das áreas protegidas:
a) Orientar e sensibilizar as comunidades residentes no sentido de garantir o respeito ao cumprimento do regulamento interno.
b) Exercer poder hierárquico sobre o pessoal administrativo e técnico da área da sua jurisdição.
c) Preparar e executar as deliberações do Conselho de Gestão e, mediante o parecer favorável deste, elaborar e submeter a proposta de regulamento interno.
d) Dar parecer, ouvido o Conselho de Gestão, sobre quaisquer propostas das autoridades públicas que permitam actividades ou obras situadas fora dos limites da respectiva área protegida, susceptíveis de provocar impactos negativos ao seu ecossistema.
e) Preparar e redigir o relatório anual de actividades e o plano de gestão.

No exercício da implementação das actividades de fiscalização marítima, por se tratar duma área marinha protegida, os guardas têm as seguintes competências:

a) Orientar e educar as populações em geral e as tabancas em particular no respeito do regulamento e plano de gestão ;
b) Elaborar autos de transgressão ou de notícia e proceder a inquéritos permitidos por lei;
c) Apreender os produtos e os instrumentos obtidos ou utilizados na prática das infracções ;
d) Ordenar a detenção do infractor quando se trate de crime de queimadas em flagrante delito;
e) Ordenar a suspensão ou a paralisação das actividades conduzidas em violação a lei-quadro das áreas protegidas;
f) Exercer a vigilância sobre todas as actividades previstas na lei qudro de área protegidas;
g) Efectuar as diligências que lhe sejam superiormente determinadas, em colaboração ou não com os agentes policiais ou do Ministério Público.
Para além das actividades de fiscalização, há dois guardas que são responsável pela relação publica, educação e comunicação ambiental e um outro, responsável para o seguimento das espécies, habitat, ecoturismo e iniciativas locais.


Por João Sousa Cordeiro - Director da Reserva de Biosfera do Arquipelago dos Bijagós

quarta-feira, 15 de julho de 2009

Historial da criaçao do PNO



Por Nelson Dias - Representante local da UICN

O Instituto da Biodiversidade e das Áreas Protegidas (IBAP) a tutela do Parque Nacional de Orango

O Instituto da Biodiversidade e das Áreas Protegidas (IBAP) foi criado pelo governo da Guiné-Bissau a 14 de Dezembro de 2004 para promover a salvaguarda dos ecossistemas e da biodiversidade assim como, para a criação e gestão das áreas protegidas e favorecer a utilização racional e equitativa dos recursos naturais. Trata-se de uma instituição pública dotada de uma autonomia administrativa, financeira e patrimonial. O IBAP concentra as suas actividades no reforço de uma gestão eficaz, participativa e integradorados ecossistemas, numa perspectiva de conservação da biodiversidade e no apoio ao desenvolvimento durável.

Na sua planificação estratégica o IBAP formulou a sua visão como se segue:“A biodiversidade da Guiné-Bissau é conservada de forma sustentável em benefício do desenvolvimento das gerações presentes e futuras” Esta visão permitiu precisar a missão do IBAP:“ Gerir de forma participativa e eficaz as Áreas Protegidas e os recursos estratégicos da biodiversidade, valorizando os conhecimentos científicos e saberes tradicionais, favorecendo sinergias e parcerias ao nível local, regional e internacional”.

Três objectivos estratégicos devem guiar o IBAP ao longo dos cinco próximos anos:
• Reforço da gestão da rede nacional das áreas protegidas
• Conhecimento e valorização da Biodiversidade
• Reforço institucional do IBAP

Como consequência da definição da visão, da missão e dos seus objectivos estratégicos, o IBAP desenvolve estratégias de intervenção e um quadro de referência para o conjunto dos parceiros que desejam contribuir para a gestão das áreas protegidas e a biodiversidade na Guiné-Bissau. O funcionamento do Parque Nacional de Orango insere no quadro dessa politica de gestão das áreas protegidas e da conservação da biodiversidade traçada pelo o IBAP. Como todos os Parques, O PNO possui uma estrutura de gestão própria composta pelo o Director e/ou Conservador e o Conselho de Gestão do Parque.

O Parque é dotado de um orçamento próprio, de um plano de gestão, de uma zonagem e de um regulamento interno. O plano de gestão e a zonagem defininem os usos adequados do território e dos recursos naturais da área do Parque. As atribuições dos órgãos do parque, assim como o seu funcionamento são regulamentos pela Lei-Quadro das Áreas Protegidas e subsidiariamente, por despacho do Membro do Governo encarregue das áreas protegidas.

Por Alfredo Simão da Silva - Director do IBAP